O período da vida em que fazemos mais descobertas sem dúvida é a infância, é o período em que o cérebro faz o maior número de sinapses, tornando a criança um solo fértil para a aprendizagem. Toda criança é naturalmente curiosa e apta a exploração, elas querem e precisam tocar e sentir tudo o que veem, tem a necessidade de manifestar-se de forma ativa e criativa, tudo isso porque encontra-se no processo de descoberta do “EU”, do “outro” e do “mundo”.
Levando em consideração essas questões percebemos o quão fundamental é proporcionar experiências que envolvam situações de observação e manipulação, momentos de exploração em que a criança esteja livre para fazer descobertas e criar suas hipóteses, contribuindo de forma eficaz para a construção do seu pensamento.
Para que essas explorações ocorram de forma efetiva e prazerosa deve-se levar em consideração alguns fatores: a criança (curiosa e sedenta por novas descobertas), o ambiente, os materiais e o educador que irá planejar e organizar este espaço cheio de intenções pedagógicas utilizando materiais diversificados.
Nestes contextos de aprendizagem o professor organizará o espaço de uma forma provocativa utilizando materiais com texturas, cores, formatos, tamanhos, pesos, cheiros, sons, sabores diferentes, etc... pois quanto mais características de um elemento a criança tiver acesso maior o número de sinapses o cérebro fará, tornando o processo de assimilação e acomodação mais eficaz.
Todo este processo inicia-se no corpo, nas sensações, ou seja, nos sentidos. É através deles que recebemos as informações do mundo exterior, possibilitando a percepção e reconhecimento das “coisas” e sua funcionalidade. Por isso a importância e a ênfase em estimular as crianças, pois os estímulos são fatores externos que criam condições para que a criança sinta-se motivada a explorar, criar, conhecer novas possibilidades e arriscar-se.
Escrito por Lilian Moura - Coordenadora na Galileo Kids